
Os jornalistas Djalma Rodrigues, Adenis Matias e Gilson Domont deixaram um legado de grandes lutas na história recente da Imprensa do Maranhão
Neste ano de 2024, que agora se findou, o jornalismo maranhense perdeu cinco dos seus maiores integrantes: Djalma Rodrigues, Adenis Mendes Matias, Gilson Domont, José Raymundo Pereira de Souza, o “Souzinha”, e Eloy Cutrim.
A primeira grande perda na Imprensa ocorreu no dia 22 de junho, quando morreu Djalma Rodrigues. Radialista e jornalista muito querido, com passagem por diversos periódicos, jornais e emissoras de rádio, além de outros veículos, Djalma Rodrigues faleceu aos 66 anos, depois de lutar contra um câncer.
Ele iniciou-se no jornalismo já havia mais de 35 anos, tendo sido diretor de Comunicação da Câmara Municipal de São Luís. Comandou assessorias de imprensa de vários órgãos e com passagem em quase todos os veículos de imprensa do Maranhão, inclusive do Jornal de Hoje, do qual fora editor geral.
No dia 8 de julho, faleceu Adenis Mendes Matias aos 72 anos, também vítima de câncer. Ela teve uma grande trajetória no jornalismo maranhense, tendo iniciado sua carreira no jornal O Estado do Maranhão, em 1976, logo após se graduar na Universidade Federal do Maranhão.
Por mais de quatro décadas, Adenis fez parte da equipe da Secretaria de Estado de Comunicação Social, sempre com muito compromisso e responsabilidade.
Trabalhou ainda na Câmara Municipal de São Luís e na Assembleia Legislativa do Estado. Atuou também em alguns dos principais veículos de comunicação como o jornal O Imparcial, O Debate, o Jornal de Hoje e a TV Difusora.
Adenis foi a idealizadora e primeira presidente do Comitê de Imprensa da Assembleia Legislativa do Estado, oficialmente denominado Comitê de Imprensa Jornalista José Ribamar Bogéa.
No dia 29 de julho, morreu em São Luís, aos 70 anos, vítima de falência múltipla dos órgãos, o jornalista Gilson Domont. Ele também foi um dos fundadores do Comitê de Imprensa da Assembleia Legislativa do Maranhão, ao lado de diversos jornalistas, entre eles Adenis Matias, Regis Marques, Cunha Santos, Djalma Rodrigues, Tony Castro, Ray Santos, Othelino Filho, Luís Vasconcelos, Ademir Santos, Lauro Leite, Jersan Araújo, Samuel Filho e Denny Cabral.
LEGENDA
Os jornalistas Djalma Rodrigues, Adenis Matias e Gilson Domont deixaram um legado de grandes lutas na história recente da Imprensa do Maranhão
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Souzinha e Eloy Cutrim: dois dos maiores
repórteres policiais da imprensa maranhense
Na madrugada do dia 20 de outubro, faleceu em São Luís o jornalista José Raymundo Pereira de Souza, mais conhecido como Souzinha. Ele tinha 79 anos e, de acordo com laudo médico, sofreu um infarto fulminante devido o rompimento de aneurisma da aorta abdominal.
José Raymundo Pereira de Souza nasceu na cidade de Parnaíba, no Estado do Piauí, no dia 1º de julho de 1945. Casado com Kátia Lúcia, ele deixou sete filhos: Aldimar, Ricardo José, Júnior Souza, Lizandra Helena, Irlene, Fernando e Irlane.
Souzinha militou na imprensa maranhense ao longo da vida, atuando principalmente como repórter policial. Ele trabalhou em vários periódicos e veículos de comunicação da capital, entre os quais o Jornal Pequeno, O Estado do Maranhão, Extra, O Debate, Jornal de Hoje e Diário do Norte.
Souzinha foi assessor de Comunicação da Secretaria de Segurança Pública do Maranhão e, principalmente, repórter de Polícia do Jornal Pequeno, onde publicou grandes reportagens.
Souzinha, primeiro tenente reformado da Polícia Militar do Maranhão (PMMA), chegou a ter seu próprio jornal, intitulado “Municípios em Destaque”.
No dia 1º de dezembro, morreu em São Luís o jornalista Eloy Cutrim que, como Souzinha, marcou sua longa passagem na área do jornalismo policial. Eloy Cutrim era considerado uma lenda da crônica policial. Ele trabalhou nos principais jornais de São Luís, com especial destaque para o Jornal de Hoje, onde marcou atuação com um estilo singular. Como escreveu o jornalista Nonato Reis, Eloy não seguia código de normas nem regras de jornalismo, agia por absoluta intuição, que era a sua marca registrada.
LEGENDA
José Raymundo Pereira de Souza, mais conhecido como Souzinha, e Eloy Cutrim destacaram-se na crônica policial maranhense